
As Abelhas na antiguidade
Pela sua importância na alimentação, na cura de doenças e outros usos, as colmeias serviram de modelo para vários templos da antiguidade; o templo egípcio da deusa Neith era conhecido como “a casa das abelhas”, o mel servindo como símbolo de proteção e usado na consagração das fundações e no embalsamento dos faraós. Uma imagem da Deusa Maat a representa como abelha com grandes asas e segurando um pote com mel, augúrio do renascimento.
A estátua de Ártemis de Éfeso, considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, tinha inúmeras protuberâncias no seu corpo, cuja natureza não foi elucidada. Uma das teorias as considera seios, daí o nome de Ártemis com mil seios, outras teorias as veem como frutas de palmeiras, beringelas, cachos de uvas, ovos de avestruz, bolsas para amuletos ou cornucópias.
Mas também podem ser interpretadas como os ovos que a Abelha Rainha deposita diariamente nos favos, Ártemis sendo vista como a representação da Deusa Abelha, cujo dom era gerar continuamente a vida e consagrar a morte como uma etapa que antecedia a ressurreição.
Atualmente, bilhões de abelhas estão morrendo no mundo inteiro, sem que seja encontrada uma causa ou explicação, além da evidente e crescente poluição do meio ambiente e a destruição das espécies vegetais. A crise é um alerta global, pois sem abelhas diminuirá cada vez mais a polinização e a humanidade ficará privada de frutas e verduras, aumentando assim as ameaças da fome mundial.
Como mulheres que cultuam e reverenciam a Deusa, precisamos lembrar e refletir sobre a importância mítica e mágica do mel e das abelhas, consagrados à Deusa nas Suas várias manifestações das culturas matrifocais. Devemos honrar e invocar as bênçãos da Deusa Abelha com cantos, musica, danças, oferendas de mel e orações, pedindo sua clemência para evitar a extinção das Suas súditas no planeta Terra.